Donald Trump inaugurou uma nova era.
A paz mundial não será mais garantida pelos Estados Unidos, mas pelo Bitcoin.
Deixe-me explicar:
💣 1 | Da Pax Romana à Pax Americana
A Pax Romana foi o período de estabilidade política durante o qual Jesus nasceu. 70 milhões de pessoas viveram sob relativa paz, do Norte da Europa à Mesopotâmia, porque o Império matava rápido quem ousasse discordar.
Uma dinâmica parecida definiu outras hegemonias ao longo dos tempos.
Um império domina uma nova tecnologia bélica, e começa a se expandir. Sua força assimétrica subjuga províncias. O império cresce “impondo a paz” por onde passa. Tal qual uma milícia, hoje, “impõe paz” numa favela.
Em algum momento, o custo de se manter o império ultrapassa a potencial “receita” advinda da pilhagem de novas províncias. Territórios fronteiriços são cedidas. Os recursos escasseiam. O padrão de vida cai. As elites entram em conflito. E uma nova superpotência ascende.
A Pax Otomana foi uma fase de “calmaria”, entre os séculos 16 e 17. Os otomanos foram a primeira hegemonia ocidental a dominar a pólvora. A própria queda de Constantinopla é associada ao fato de que os romanos subestimaram o poder dos canhões e mosquetes.
A Pax Brittanica foi uma fase de similar estabilidade, durante a qual os ingleses patrulhavam os mares… até a primeira grande guerra eclodir na Europa.
A Pax Americana é o período que se inicia no fim da segunda guerra e vem até hoje. Os últimos 100 anos foram os mais pacíficos da história (exceto se você vive no Oriente Médio), porque o Pentágono pode pulverizar qualquer capital antes de você terminar de ver um TikTok.
USS Gerald R. Ford: o porta-aviões nuclear mais avançado do mundo.
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🦅 2 | Os EUA Saem Do Palco
As últimas gerações de americanos desfrutaram da melhor qualidade de vida que já se viu, exportando inflação pra financiar suas travessuras no exterior, e importando bens baratos produzidos no terceiro mundo.
Mas chegou a hora do Tio Sam passar o bastão.
Na edição anterior da Café Com Satoshi, eu expliquei o Dilema de Triffin, e a razão pela qual o Trump está demovendo intencionalmente o dólar do posto de “reserva de valor global”.
Os EUA estão cedendo “províncias” importantes do Império: Taiwan à China, o leste da Ucrânia à Rússia.
Os EUA estão intensificando a pilhagem sobre aliados: tomando a Groenlândia, os minerais de Terras Raras ucranianos, e o que quer que buscam com o Canadá. Recrudescendo recursos.
O recuo ianque abre espaço para uma nova moeda servir como reserva de valor global. Isto não é uma especulação, uma prescrição - é uma descrição do que já vem acontecendo.
Bancos Centrais mundo afora estão desovando Treasuries como se fossem fichas de cassino vencidas.
A Rússia despejou o que pôde a partir de 2014, pós-Criméia.
A China reduziu sua exposição em mais de 25% desde 2020.
O Japão, maior credor dos EUA, iniciou vendas líquidas nos últimos anos.
O percentual do dólar nas reservas de valor estrangeiras não vai a zero do dia pra noite. Mas, se mantido o ritmo de desova dos últimos 5 anos (-3% de share), iria a zero em um século.
A Lei de Ferguson postula que o declínio de um império passa um ponto sem retorno quando o custo de servir a dívida se torna maior que o custo do exército.
Os EUA chegaram nesse ponto em 2024, quando os gastos com juros da dívida superaram o orçamento de defesa.
Até agora, 3 moedas foram alçadas ao posto de “potenciais sucessoras” do dólar. Uma delas já saiu do páreo: o Euro.
Restam duas “concorrentes": a moeda da China, e a moeda da Internet.
🕊️ 3 | A Nova Ordem Monetária
Como eu previ 5 anos atrás, Soberanos adotarão abordagens diferentes pra entesourar BTC. Já está acontecendo:
A Coreia do Norte empreita ataques cibernéticos para acumular os seus. Butão minera com energia hidrelétrica não-aproveitada. El Salvador compra direto no mercado. Os Estados Unidos estão cogitando trocar ouro por Bitcoin.
Praticamente 15% de todos os BTC estão na mãos de governos, corporações ou ETFs, a este ponto. Isso sem falar nos que estão em exchanges.
Alguns maximalistas podem se frustrar com essa tendência. Pois eu julgo ser inevitável.
Uma grande parte dos satoshis acabará servindo de lastro - junto a outros ativos, ou não - para stablecoins privadas.
Assim como toda empresa virou um “publisher” na era da Internet, todo negócio pode virar um “banco” na era do Bitcoin.
Instituições financeiras, redes sociais e estados-Nação terão suas stablecoins. Com composições de lastro, níveis de reserva e estratégias de distribuição distintas.
O mercado convergirá pra moedas lastreadas no colateral supremo, mas haverá demanda pra vários tipos de “dinheiros comerciais”.
Tanto o capital financeiro e quanto humano se tornará mais líquido.
A pessoa média não vai mais ter dinheiro em 3 ou 4 lugares (ex: banco, carteira física, e broker); mas dezenas.
Controles de capital serão menos eficientes. Guerras, muito mais difíceis de financiar.
🤺 4 | Cooperação Mutuamente Assegurada
A era da “Destruição Mutuamente Garantida” (M.A.D. - Mutually Assured Destruction) dá lugar à da “Cooperação Mutuamente Garantida” (M.A.C.).
O principal mecanismo de dissuasão da guerra não é mais só a ameaça nuclear, mas o fato de que financiar aventuras bélicas é muito mais caro num padrão Bitcoin.
O combate militar terá cada vez menos casualidades humanas. É drone contra drone.
A I.A. se torna o foco das iniciativas de R&D “escala-Manhattan-project". Datacenters de trilhões de dólares viram tão ou mais estratégicos que refinarias nucleares.
Cadeias de suprimentos se reordenam enquanto as potências deste mundo multipolar lutam pra garantir acesso aos recursos mais importantes na corrida das superinteligências artificiais - os 3 Cs: chips, computação e capacidade energética.
Pois o Bitcoin é o primeiro protocolo que paga para explorarmos mais energia.
Os estados mais sagazes usarão a criptomoeda para estabilizar não só os seus balanços, mas também seus grids elétricos.
“Roma pacificou o mundo com gládios. Os otomanos, com canhões. Os EUA, com porta-aviões. O Bitcoin, com hashes”
- ChatGPT
Vocês conhecem a Escala de Kardashev - já citei em outras edições da CCS. Ela mede o avanço de uma civilização pela quantidade de energia que ela consegue manipular:
As pessoas que criticam “o consumo energético” do Bitcoin estão vendo as coisas do avesso. Nada se cria, nem se perde, tudo se transforma. O Bitcoin não “desperdiça” energia, pelo contrário: ele nos permite converter MAIS energia em eletricidade.
Energia, em si, é abundante: o sol incide em você durante 10 horas por dia! - o que é escasso, e custoso, são pessoas dispostas a converter essa energia em eletricidade. E o Bitcoin é um incentivo a mais para essas pessoas.
Soa pretensioso hoje, mas, em algumas décadas, ficará claro: a proliferação da criptomoeda é determinante para que a humanidade supere o Grande Filtro e se torne uma espécie interestelar.
🥢 5 | Quem Está “Mexendo os Pauzinhos”?
Quando divido esta tese com colegas, costumam me perguntar se eu acho que nossos governantes compartilham da mesma visão.
“O Trump tem esse plano todo em mente?”
Claro que não! Cada pessoa tem uma visão e motivos únicos. No fim do dia, não existe um grande líder ditando os rumos do destino na Terra. Só um bando de gente auto-interessada, explorando o sistema, cada um à sua moda, de forma a extrair o máximo de recursos para si e seu clã. Trump é mais uma destas figuras.
Essa constatação não muda o prospecto. O Bitcoin foi desenhado para pessoas que não se gostam nem confiam. Não à toa, é chamado de “o dinheiro dos inimigos”.
Você não precisa acreditar que o Bitcoin vai salvar a humanidade. Só precisa entender que ele vai impedir que ela se autodestrua.
, da Paradigma Education
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